terça-feira, 30 de maio de 2017

O Futuro Engenheiro, da Coluna - O Tijolinho Mágico, da Brinquedos Paraná

Quem cresceu nos anos 60 e 70 deve lembrar daqueles tijolinhos para se construir casas, castelos, cidades. Eu adorava. Do meu brinquedo, só o que sobrou foi um único tijolinho laranja... pelas janelinhas (que têm formatos diferentes, dependendo da marca), os que eu tive na infância provavelmente eram d'O Futuro Engenheiro. Também havia O Tijolinho Mágico (Brinquedos Paraná) e Pequeno Arquiteto (este último dos anos 1980 ou 1990).

Agora consegui 2 caixas: O Futuro Engenheiro e O Tijolinho Mágico. 

O Futuro Engenheiro, da Coluna caixinha de papelão (20,5 cm x 13,5 cm x 2,5 cm). Eles eram vendidos, inicialmente, em caixas de madeira; mais tarde, vinham em caixas de papelão de vários tamanhos (com mais ou menos peças) e tiveram duas caixas diferentes. Mas o fabricante que lançou o brinquedo com este nome primeiro foi a Fábrica de Brinquedos Guilherme Seiler, de Curitiba (localizada na Av. Iguaçu 2982, ao lado do Colégio Estadual Lysimaco Ferreira da Costa); este fabricante tinha um logotipo com um ganso (ou cisne ou pato ou marreco, sei lá! Na verdade, não consegui confirmar 100% que o logotipo da ave é da Guilherme Seiler). Seus produtos eram todos de madeira: além dos tijolinhos, encontrei boliche e outros jogos, além do meu Carroção.

O Tijolinho Mágico, da Brinquedos Paraná A fábrica tinha sede também em Curitiba. Caixa grande, de madeira (30 cm x 34 cm x 3,5 cm), com 102 peças; era também lançado em caixas menores. Pelo número de telefone que aparece na etiqueta colada no fundo da caixa, este brinquedo pode ser dos anos 1970, pois o prefixo tem 2 números; não sei quando ocorreu a mudança, mas lembro até hoje do número lá de casa nos anos 1960: 4 números, com prefixo de 1 número apenas.

Estes tijolinhos de construção eram e continuam sendo populares e são fabricados até hoje. Havia o Pequeno Arquiteto, dos anos 1980 ou 1990 e atualmente existem os da Xalingo com o nome de Brincando de Engenheiro (caixas com 42, 53, 73, 120 ou 200 peças e versões Cidade do Futuro, Coliseu, Londres, Memória, Torre de Engenheiroe os da CiaBrink com o nome de Pequeno Construtor a qualidade de ambos é inferior, no entanto: as peças são somente pintadas e não em alto-relevo.

ATÉ HOJE NÃO CONSEGUI DESCOBRIR QUAL É A ORIGEM DESTE BRINQUEDO. 99% de nossas bonecas e brinquedos eram licenciados (e acredito que continuam sendo) por fabricantes estrangeiros, mas não encontrei esses tijolinhos coloridos de madeira em nenhum lugar.
 
ATUALIZAÇÃO 

Finalmente a origem do brinquedo foi revelada* – e é brasileira: foi a gaúcha Norma Laura Baumhardt Minatto (1926-2012) quem criou os bloquinhos coloridos em 1956! Ela foi a principal acionista da Xalingo, que fabrica o brinquedo até hoje.

 
*Folha de S. Paulo, 19/03/2022 - Bloquinhos de Montar Foram Inventados Por Dona Norma nos anos 1950

ATUALIZAÇÃO

A matéria da Folha não está correta; veja [aqui] a verdadeira origem do brinquedo e também mais detalhes do logotipo do ganso/pato/marreco/cisne.



O Futuro Engenheiro
Coluna



 O Tijolinho Mágico
Brinquedos Paraná





O único tijolinho
de infância que sobrou
2,5 x 2,5 cm

Relógios
O Tijolinho Mágico,
O Futuro Engenheiro
Pequeno Arquiteto
Brincando de Engenheiro
Pequeno Construtor

 O Pequeno Arquiteto
Anos 1980 ou 1990

Brincando de Engenheiro
Xalingo


Pequeno Construtor
CiaBrink


Logotipo
Guilherme Seiler (?)


Meu Bebê, da Estrela

Outro reencontro: o Meu Bebê (versão menino) da Estrela voltou para casa! Eu tive este boneco e o chamava de "Lee"; não tenho a menor ideia porque, não lembro de nada, não sei se fui eu que batizei ou se foi algum adulto. Coincidentemente, eu também chamava a versão menina (que também tive) por um nome "alternativo": Elizabeth.

O mais interessante do Meu Bebê (59 cm) é que ele apesar do nome não tem nada de bebê, pelo contrário: é um menino elegantemente vestido (sempre de calção curto), de chapéuzinho, como se estivesse indo para a missa ou algum outro compromisso importante que as crianças costumavam ir nos anos 1960. O meu era lindo! Seus cabelos são moldados a menina tem cabelos enraizados.

Este que consegui agora chegou com o corpinho e parte de uma perna estraçalhados segundo o catálogo, de "plástico inquebrável", mas que não aguentou a passagem do tempo; colei o que pude e reforcei com fita crepe... Mas de resto, está perfeito, o lindo rostinho e os grandes olhos azuis e a roupinha (acho que) original, com meias e sapatinhos; o chapéuzinho é o mesmo que o meu tinha, lembro tão bem dele! É um boneco muito raro e só mesmo comprando meio sucateado, pois os em perfeita condição (e eu já vi 2 à venda) estão com preço muito alto. Veio com a caixa, mais ou menos inteira e recapada em algumas partes, mas ainda com a etiqueta colada.

Uma caixa da boneca Meu Bebê acabou sobrevivendo (era usada pela minha mãe para guardar trecos), que sorte! É a da menina pela etiqueta colada nela, mas para as duas versões a caixa era a mesma.

A Estrela tinha uma outra boneca muito parecida com o Meu Bebê, até no nome: a Meu Amor (também em versões menina e menino), mas era menor: 49 cm e sua caixa tinha "janela de acetato transparente".





Etiqueta da caixa que ficou;
data carimbada: 5 NOV 1962

Etiqueta da caixa "nova"
data carimbada: 9 SET 1964

Meu "Lee" e minha "Elizabeth"

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Brinquedos Improvisados

Eu gostava muito de brincar com minha coleção de chaveiros:



Aliás, eu brincava com tudo: além das minhas bonecas e brinquedos, brincava até com lápis de cor - como eram de diversas cores e tamanhos (novos e os mais gastos), eu formava famílias com eles e "desenhava" uma casa (planta) no tapete da sala com tiras de papel ou com os lápis mesmo, tipo planta, e brincava de casinha.

Bolas coloridas da Estrela, bola do Topo Gigio, de diversos tamanhos? Outra "família" que eu levava para passear pela casa (com a ajuda de uma vara qualquer). Era uma maravilha ver elas descendo a escada. Bons tempos!

Também catava conchinhas na praia e brincava com elas:

Conchinhas do litoral de Santa Catarina

Amei quando nossa empregada doméstica (a querida Ziza), que no final dos anos 60 já tinha quase 50 anos, me ensinou a montar bichinhos usando batatas cruas e palitos, como ela fazia na infância humilde dela.


Falando na Ziza: esta canequinha
era dela; muito antiga.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Apenas Para Meninos

Só que não!

Eu tive alguns brinquedos “para meninos”, que eu adorava tanto quanto minhas bonecas e posso fazer uma lista deles de memória – 1 pistola de água laranja, 2 arcos-e-flecha, 1 trem, um caminhão de bombeiros (vermelho, é claro), 2 carrinhos Matchbox (este lembro que tive, mas de jeito nenhum posso lembrar que modelos, mesmo que apareçam na minha frente), um posto de gasolina de 2 andares com rampa (nunca encontrei na net, era lindo!), 1 robô, 1 autorama Fittipaldi e, se não estou imaginando muito, 1 metralhadora cheia de luzes coloridas, tipo de ficção científica... detalhe: nem eu nem meus amigos e primos viramos bandidos por causa disso.

Mas o que eu mais gostava eram os bonequinhos – índios e mocinhos – cavalos, carrocinhas e tendas e hoje finalmente consegui determinar quais brinquedos eu tive, usando a memória e com uma ajudinha da nota fiscal (!) e uma foto de Natal.

Quando mais velha, eu pedia pelos brinquedos – lembro de ter escolhido a Mãezinha, a Tippy, Topo Gigio, Manequinho, Aristogatas, Feijãozinho e cartelas variadas com roupinhas e acessórios da Susi, por exemplo; muitas vezes ia com minha mãe na loja para comprar os presentes de aniversário e de Natal (acho que nunca acreditei que era o Papai Noel que trazia os presentes – apesar de gostar muito dele).

Mas com 3 ou 4 anos, acho que ainda não “exigia” nada e os presentes eram escolhidos pelos meus pais e tios. Então, no Natal de 1967, eu ganhei dois “brinquedos de menino”: a Caravana Casablanca e o Acampamento Apache* (também da Casablanca) que foram comprados em 1966 (acho que meus pais faziam estoque, foi o que concluí cruzando fotos e notas fiscais).

*Fonte:

Descobri os nomes deles por causa da nota fiscal que minha mãe guardou (ela costumava guardar muita papelada!)


A Caravana Casablanca
  atrás do ursão de pelúcia

mas nunca esqueci de nenhuma peça dos kits: as lindas carrocinhas de madeira com toldo de pano branco e rodas de plástico, os cavalos, o cacto, as “toras” e os suportes para fazer a cerquinha, as tendas dos índios, o mini-rifle que vinha dentro de uma caixinha marrom. Os mocinhos e os índios eu poderia reconhecer um ou outro se aparecessem na minha frente, como já aconteceu.



Tudo foi dado para um primo mais novo e hoje você acha uma carroça avulsa com cavalos na caixa à venda por R$ 2.200,00 ou um rifle minúsculo por mais de 200 (os originais da Casablanca; os brinquedos da Gulliver são bem mais baratos)! Então, para mim agora só resta comprar sucata para ter pelo menos uma lembrança física do brinquedo, o que eu fiz com algumas figuras e tinha menino ruim, nossa, todos cortados com tesoura (acho)! Elas eram pintadas à mão:

5 índios Apaches
1 cowboy (#11 do catálogo da Casablanca)



Nunca gostei de faroeste – até hoje detesto – só lembro de gostar do Cabo Rusty e do Rin Tin Tin (tenho os DVDs), mas destes não tive nenhum brinquedo...



quarta-feira, 17 de maio de 2017

Achocolatados Muki e Nescau

Nem lembro se o achocolatado era bom, mas amava os Muki-Toons! Vinham personagens para transferir para um cenário; o meu que guardei é o fundo do mar.

 Muki-Toons:
O Pato Donald 1.126
Mônica 38
Cebolinha
Junho 1973

Ioiô Muki:
O Pato Donald 1.158
Janeiro 1974

Este eu guardei

O Nescau também dava brindes:
a Turma do Asterix apareceu nas tampas
das latas (Idéiafix, Asterix e Chefe)
 e em uma régua de 20 cm (Obelix e Asterix)


domingo, 7 de maio de 2017

Propagandas Antigas

Matte Leão é uma marca de chá de erva-mate criada em 1901; era o carro chefe da Leão Junior S.A., empresa fundada em 1901 por Leão Junior na cidade de Curitiba. Foi comprada pela Coca-Cola em 2007.

O Pato Donald 1320
25/2/1977